segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Coluna do São Paulo

A mística da camisa 10 retorna ao Tricolor
Por Caio Bandouk
Na história do futebol, começando por Pelé, a camisa 10 foi eternizada como o número vestido pelo craque do time, ou seja, o jogador que decide. No São Paulo não foi diferente. De Pedro Rocha a Raí, passando recentemente por Danilo, a 10 Tricolor sempre foi bem representada. Porém desde a saída do já citado Danilo, o tradicional número ficou sem dono. Em 2007 Souza a vestiu, porém sem bom desempenho. Em 2008, ela foi do Imperador Adriano durante o primeiro semestre, porém em um fato inédito da história do mais querido ela terminou o ano sem dono.
Em 2009 não houve dúvidas em quem confiar o sagrado número. Hernanes, craque do time nas duas últimas temporadas vestindo as camisas 26 e 15 - herdada por Jean em 2009 - respectivamente, foi o escolhido.
E o que se espera de um camisa 10?
Quase todos diriam que esperam que ele decida o jogo. E foi o que Hernanes provou neste Domingo, decidindo o jogo para o Tricolor, como irei relatar abaixo.
O jogo
Repetindo a mesma escalação do jogo contra o Bragantino, com excessão da volta de Miranda no lugar de Renato Silva, o Tricolor começou novamente no 4-4-2. A equipe de Muricy Ramalho dominou o primeiro tempo inteiro. A marcação encaixou muito bem no 3-5-2 do Botafogo, e a equipe de Ribeirão Preto apesar de ficar com a maioria da posse de bola, não tinha espaço para jogar e a única opção era arriscar de fora da área. O Tricolor marcou seu gol aos 27 minutos, em lindo chute de Hernanes de fora da área e apesar da consistência defensiva e da vitória parcial, não apresentou um grande futebol. Devido ao péssimo primeiro tempo do lado esquerdo ofensivo do São Paulo, Hernanes ficava sobrecarregado na armação e a bola chegava com dificuldade ao ataque. Borges e Washington, jogadores de pouca movimentação, dificultavam mais ainda.
Perdendo o jogo, o Botinha voltou para o segundo tempo mais ofensivo. Saiu o zagueiro Éverton Luiz e entrou o atacante Branquinho. Com praticamente três atacantes, atacou muito no início do segundo tempo e logo aos 6 minutos empatou. Thiago Silvy tabela com Branquinho que livre da intermediária chute no ângulo de Bosco, marcando o segundo golaço do jogo. Depois de empatar, o Botafogo continuou criando e o São Paulo não conseguia encaixar a marcação, principalmente no lado esquerdo. Jorge Wagner que atuou na lateral esquerda provou não ter competência para jogar nessa posição. É bom tecnicamente, mas marcação não é seu forte. Deixou uma avenida no seu lado. Para corrigir o posicionamento da defesa, Muricy posicionou Richarlyson que estava jogando de segundo volante para fazer o 3º zagueiro. O time melhorou um ligeiramente, e aos poucos foi saindo do sufoco. Aos 14 minutos o Botafogo que já não pressionava tanto, conseguiu virar o jogo com Thiago Silvy, porém o bandeira mal posicionado anula erroneamente o gol. Na sequência do impedimento, Hernanes recebe a bola pelo lado esquerdo e dá um lindo lançamento para Washington que só tira do goleiro, se redimindo do gol feito que ele havia perdido minutos antes. Em desvantagem no placar, o ímpeto do Botafogo diminuiu, porém ainda havia espaço para jogar. O Tricolor só tomou conta da partida com a entrada de Júnior César no lugar do ineporante Hugo, voltando assim ao 4-4-2. Júnior deu mais consistência na marcação pela esquerda, e Jorge Wagner deslocado para sua posição de origem, meia esquerda, cresceu no jogo. O São Paulo criou pelo menos mais 3 ou 4 boas chances de gol.
No final, Hernanes que já tinha cartão amarelo, faz falta infantil no meio campo e é expulso, desfacalndo o Tricolor no jogo contra a Ponte Preta, quinta-feira no Morumbi. Outro suspenso é André Dias, porém pelo 3 º amarelo. Se serve de consolo, os dois estarão inteirinhos para pegar o arquirival Corinthians no Domingo.

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