quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Coluna do Palmeiras


95 ANOS DE PALESTRA

Nascido em 1889 em alguma cidade perto de Piza, na Itália, Ézio veio com seus pais aos seis anos de idade para uma terra forasteira e que prometia oferecer uma vida cheia de oportunidades, o mesmo já acontecia há umas duas décadas com milhares de italianos anualmente.

No Brasil construiu sua vida, trabalhou como motorista profissional, formou família e no ano em que ganhou seu primeiro e único filho chamado Orlando, não só ele, mas como toda a trabalhadora e guerreira colônia italiana ganhou algo para defenderem as cores, algo que os faria sentir em casa, algo que os faria ter orgulho de suas origens.

Era um novo sentimento chamado Palestra Itália, que aos poucos nos campos de batalhas de quatro linhas ganhou respeito e campeonatos. Tal sentimento sobreviveu a oposição da pátria brasileira, por conta da segunda guerra munidial, tentaram saquear e até incendiar o coração do clube.

O Palestra Itália esteve perto da extinção, por pressões políticas houve a mudança de nome, agora para um nome brasileiro. O Palestra morreu líder e nasceu um Palmeiras campeão, fato de uma partida na qual o alvi verde entrou pela primeira vez na história com a bandeira brasileira em mãos e durante o jogo fez até o adversário tricolor abandonar o campo.

Assim como os imigrantes foram guerreiros, o Palmeiras era também, a guerra não matou, o deixou mais forte e popular.

Ézio morreu em 1969 e viu de perto todos esses acontecimentos, segundo Ugo, seu neto, em sua casa só se falava de Palmeiras, o qual na época era o único que fazia frente ao Santos de Pelé.

Dez anos depois, foi a vez de Orlando partir para o andar de cima, trabalhou como sapateiro, não deixou uma herança gorda, mas deixou a mais valiosa, o amor ao Palmeiras.

Os anos seguintes foram duros, times rídiculos e times melhorzinhos, mas o time saiu da rotina de levantar taças, o que não abalou o sentimento do taxista Ugo e do estudante Sérgio, o bisneto de Ézio.

Curiosamente a década perdida do alvi verde, acabou junto com o nascimento do último herdeiro dessa paixão até o momento. Seu nome é Renan e hoje, ele já viveu muitas alegrias e tristezas por causa dessa herança, junto com seu pai e avô tem muita história para contar, gols e títulos a comemorar.

Hoje o sentimento no peito dos quinze milhões de palmeirenses se renova, fica mais senhor e eterno.


O amor é verde
é a razão
que eu plantei Palmeiras
no coração


Para a natureza
se eternizar
haste o Palmeiras
em seu altar


Esse amor imenso
flor da emoção
um jardim suspenso
pela paixão


TODO DIA EU SOU CAMPEÃO

PALESTRA - PALMEIRAS


Por Renan Pucci
Parabéns Sociedade Esportiva Palmeiras
95 Anos de história

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