segunda-feira, 8 de setembro de 2008

Histórias da Libertadores

Pela primeira vez o Cruzeiro conquista a América


por José Luís Zasso



Primeiramente um pedido de desculpas e um esclarecimento. Como estava sem internet a coluna não foi postada em algumas edições, entretando agora estou com internet disponível 24 horas por dia, e sempre postarei minha coluna no Jornal.

O assunto escolhido por votação na LET foi a campanha do Cruzeiro de 76, a primeira do mais vitorioso clube de Minas Gerais, feito igualado apenas na década de 90 quando conquistou a sua segunda Taça Libertadores. Com uma equipe que contava com Jairzinho, Palinha, Joãozinho, Nelinho, Roberto Batata que morreu num acidente de carro durante a competição, e o goleiro Raul, o CEC sagrou-se a melhor equipe da América em 1976.

A Campanha:
a estréia da Cruzeiro aconteceu no Mineirão, frente ao Internacional de Porto Alegre, na época o atual campeão brasileiro. Para muitos Cruzeiro x Inter é o maior clássico inter-estadual do país, sem dúvida uma afirmação que faz injustiça a muitos outros grandes clássicos nacionais, mas com certeza é o maior clássico da década de 70 e o primeiro grande clássico nacional. As duas equipes que já haviam disputado a final do certame nacional no anterior voltaram a se enfrentar pela Libertadores, o resultado? Um jogo considerado um dos maiores da história do Mineirão, Cruzeiro 5 a 4, a estréia não poderia ter sido melhor.


A estréia: Cruzeiro 5x4 Internacional-RS



Num grupo que contava ainda com Olímpia e Sportivo Luqueño, o Cruzeiro passou invicto, tendo vencido 5 dos seis jogos (empatou com o Olímpia por 2x2 no Paraguai), e conquistando a vaga do grupo (apenas um time passava de fase). Pelo regulamento, os campeões do 5 grupos juntaram-se ao Independiente da Argentina que era o atual campeão, sendo dividos em 2 grupos onde os vencedores do triangular fariam a final.

Junto com o Cruzeiro ficaram LDU e Alianza Lima, sendo que novamente de forma invicta os mimeiros avançaram para a final. O duelo seria com o River Plate da Argentina, disputado em 2 jogos, ou em caso de jogos com vencedores diferentes um terceiro jogo desempate em campo neutro.

Na primeira partida, vitória cruzeirense por 4 a 1; no jogo de Buenos Aires o Cruzeiro conheceria a sua única derrota, 2 a 1 para os portenhos e a decisão adiada para Santiago no Chile. O Cruzeiro saiu com um 2x0 na frente, mas cedeu o empate, no lance do segundo gol argentino uma falta cobrada sem a autorização da arbritagem foi validada e originou uma grande discussão. Aos 43 do segundo tempo, antes da autorização do juiz, quando os jogadores do River igualmente arrumavam a barreira e preparavam-se para a cobrança de Nelinho, Joãozinho cobrou a falta e fez o gol do título, houve confusão, mas o gol valeu, pela primeira vez depois do Santos de Pelé, uma equipe brasileira consquitava a Copa Libertadores, o título foi dedicado ao companheiro Roberto Batata.


Cruzeiro Campeão da Libertadores de 1976

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