sexta-feira, 5 de março de 2010

Coluna do Santos F.C.

Por: Gerson Pepe

Santos bate o Paulista em Jundiaí de virada
Time da casa abre o placar com dois minutos, mas Santos se recupera e com golaço, Robinho decide
Craque entrou na segunda etapa, marcou um golaço! O da décima vitória seguida

Em partida bastante movimentada no estádio Jayme Cintra em Jundiaí, o Santos voltou a vencer no Campeonato Paulista ao bater a equipe da casa por 3 a 2. Com a vitória na 12ª rodada da competição, o clube da Vila Belmiro abriu 11 pontos à frente do quinto colocado, o São Caetano. Depois de um primeiro tempo bastante fraco, Dorival Júnior apostou em Robinho que não decepcionou e marcou um golaço, decidindo o jogo.

Jogando com muita disposição contra um Santos lento, o Paulista de Jundiaí abriu o placar logo aos dois minutos de jogo. O perigoso e jovem atacante Barboza aproveitou bonito corta-luz do companheiro e ficou de frente para o goleiro Felipe. De esquerda o garoto apenas empurrou, sem grande dificuldade para marcar.

Mesmo assim, o Santos continuava disperso e dois minutos depois o mesmo Barboza teve ótima chance de ampliar o placar. A bola foi na sua direção, para conclusão tranquila com o pé, mas no reflexo o atacante tentou de cabeça e errou. No minuto seguinte Baiano, na entrada da área bateu muito forte de esquerda e obrigou Felipe a fazer grande defesa.

Aos poucos, mas bem devagar, o Santos ia tomando as rédeas da partida. Wesley desceu pela direita, cortou para dentro e bateu muito forte de esquerda. Eli Sabiá, corajosamente se atirou na bola e tirou com a cabeça. Três minutos mais tarde e André recebeu bom passe de PH Ganso e ficou de frente para o goleiro. Mas o atacante santista se atrapalhou com a bola e não conseguiu aproveitar a ótima oportunidade.

O Santos demorou para acordar no jogo, mas também já segurava melhor o ímpeto dos donos da casa. Com isso, somente aos 22 minutos um dos times voltou a assustar e foi o Santos com Léo descendo pela esquerda e fazendo bom cruzamento para André subir bem e cabecear para fora. Já que o time não estava bem, teria de ser na individualidade. Assim Wesley recebeu pela direita, dentro da área e aos 26 minutos gingou pra cima do zagueiro, cortou para a direita e bateu forte, cruzado, no alto para empatar a partida em Jundiaí: 1 a 1.

Com o empate, o Santos até parecia se animar, fato que não ocorreu e a partida ficou morna. O Paulista foi quem voltou a assustar aos 37 minutos, com o lateral-direito Lucas, que avançou pela direita e bateu com perigo, de fora da área, pra fora do gol. Já no apagar das luzes do primeiro tempo o Santos bobeou em um cobrança de falta e sofreu o contra ataque. Eli Sabiá recebeu boa bola de Emerson e bateu forte, na rede, do lado de fora, arrancando gritos de gols de alguns torcedores.

Ao contrário do que se poderia sugerir, na segunda etapa o Santos não voltou mais elétrico do que na primeira. Com isso, já aos três minutos os reservas se aqueciam. Talvez assustado, o time chegou aos quatro e aos cinco minutos, sempre com Neymar. Na primeira de cabeça após receber cruzamento de Wesley e na segunda com um chute de esquerda, de fora da área. Nos dois lances a bola foi pra fora.

O gol amadurecia quando o time da Vila cobrou uma sequência de três escanteios. No último, aos sete minutos, PH Ganso subiu mais que todo mundo, na entrada da pequena área para virar o placar: 2 a 1. Com a vantagem no placar, o time santista parecia que enfim daria o espetáculo que a empolgada torcida esperava.

Mas o Paulista não estava para brincadeira e logo quatro minutos depois, Felipe fez boa defesa e espalmou para fora da área. Eli Sabiá devolveu a bola para a área e encontrou Julinho, lateral-esquerdo, livre, como um centro-avante. A defesa santista vacilou e os donos da casa se aproveitaram para novamente empatar a partida, agora em 2 a 2. Aos 15, ao mesmo tempo que Robinho se preparava para entrar, Barboza bateu mal pra fora depois de bonito lance.

Neymar foi quem saiu para a entrada do atacante santista, mas quem voltou a assustar foi o Paulista, aos 18 minutos. Baiano bateu a falta e Felipe de novo mandou a bola pra fora da área. O rebote foi do Paulista e Barboza bateu bem, no canto esquerdo. A bola caprichosamente saiu rente á trave. No minuto seguinte Felipe Azevedo fez linda jogada com direito a drible da vaca no zagueiro e bateu. Felipe pegou com o pé.

Na segunda tentativa de Robinho em campo, aos 22 minutos, Arouca tocou para André que fez jogada de pivô e ajeitou para o camisa sete bater forte, reto, rente à trave direita, para fora. No minuto seguinte o Paulista assustou com Lucas batendo de frente para Felipe, mas também pra fora. Mas o Santos respondeu aos 24 minutos com um gol de craque de Robinho. André tentou o giro e o camisa sete ficou com a bola. Ele gingou na frente do zagueiro que ficou atordoado com os cortes seguidos. O chute forte bateu no travessão na linha e entrou. Golaço! Santos de novo na frente: 3 a 2.

Em seguida, Dorival Júnior fez a sua segunda substituição, tirando o lateral-esquerdo Léo para a entrada de Madson. Agora o Santos improvisava nas duas laterais, embora à essa altura Roberto Brum já se posicionara mais pelo meio do campo com Wesley na lateral. Não deixava de ser um improviso.

O Santos passou a ter a posse de bola no ataque e tramava bonitas jogadas, mas sem assustar muito. Em um destes lances conquistou o escanteio e aos 31 minutos, na cobrança a bola sobrou para Robinho que acossado por dois zagueiros, chegou batendo forte, na trave. Baiano que deu muito trabalho o jogo todo saiu para alívio de Felipe.

Três minutos mais tarde, em novo escanteio bem cobrado por Marquinhos, o zagueiro Durval subiu bem e cabeceou certinho. Lucas salvou em cima da linha e deu rebote. Durval, caindo, bateu novamente, e o zagueiro insistiu em evitar o gol num lance incrível! Logo depois, a última alteração santista, com a saída de Roberto Brum para a entrada de Rodrigo Mancha.

Já no finzinho do jogo, aos 45 minutos, Robinho aproveitou outra sobra de bola em tentativa de André em fazer o pivô, bateu forte da entrada da área e o goleiro Vinícius fez difícil defesa no cantinho esquerdo. Mas foi só! E apesar da dificuldade a partida terminou com a torcida gritando olé, enquanto o time tocava a bola.


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