Coluna do Santos F.C.

Por: Gerson Pepe

Peixe tropeça na Vila e fica no empate contra o Paulista
Desorganizado em campo, Santos consegue o empate no fim e perde vaga no G4 do Paulistão



O empate por 1 a 1 contra o Paulista na Vila Belmiro manteve a invencibilidade de Vagner Mancini no comando técnico do Santos, em seis jogos. Porém, mesmo conquistado aos 38 minutos do segundo tempo, está longe de ser um bom resultado para o time santista.

Três são os motivos mais evidentes para não nos contentarmos com este ponto conquistado em casa. O primeiro e mais óbvio, a grandeza e a tradição do Santos em detrimento do time de Jundiaí. O fato de terminar esta 13ª rodada fora do G4, e por fim, o fraquíssimo futebol apresentado, sobretudo na primeira etapa.

O time santista parecia tenso desde o primeiro minuto e o meio de campo do Paulista, muito bem articulado pelo técnico Giba, mandou no jogo e na base do abafa teve boas chances quando a defesa santista com Domingos e principalmente Fabão falharam. Fábio Costa evitou o pior ao defender chute de Zé Carlos.

No entanto o time visitante, que mais parecia o da casa, arriscava mais, e num chute despretensioso do atacante camisa 9, Zé Carlos, aos 18min, a bola desviou em Léo e deixou o arqueiro santista sem chances de evitar o gol adversário.

Com o placar adverso, mesmo desorganizado, o Santos ainda teve boas chances de empatar o jogo, com Fabiano Eller e Madson obrigando o goleiro André Luiz. Porém, aos 35min Roni perdeu a chance mais evidente, quando chegou a tirar o goleiro do lance, mas ao demorar para bater, deu chance para André Luiz se recuperar e defender o chute do camisa 9.

Com Neymar no lugar de Domingos e Germano na vaga de Brum, o Santos aproveitou a cautela do Paulista para fazer morada em seu campo de defesa, todavia sem ser muito incisivo. Até por isso, a primeira grande chance surgiu apenas aos 12, quando Pará acertou ótimo cruzamento, Molina cabeceou bem e André Luiz foi melhor ainda para pegar a bola no canto esquerdo.

Robson entrou, mas no lugar do colombiano, e não de algum defensor como poderia arriscar Vagner Mancini. Com isso, a falta de ímpeto não mudou muito e o Santos seguia cruzando bolas altas demais da intermediária, para o isolado e baixinho Roni disputar com os zagueiros.

O jogo era no chão, e pelos lados. Assim fez Neymar que pela esquerda deixou o marcador para trás e tocou pro meio da área. Roni finalizou com força, no alto, e André Luiz fez uma defesa espetacular. Tudo isso já aos 27 minutos, com a esperança do torcedor santista se esgotando.

Até que, pelo alto, aos 39min o Santos chegou ao empate com o pequeno Roni. Porém, é preciso salientar o cruzamento perfeito e consciente do Pará para a cabeçada do camisa 9. Assim funciona, e não bolas alçadas à esmo. Ainda com cerca de oito minutos para buscar o empate, o Santos mostrou vontade, mas faltou competência.


Que sobra, por exemplo, para o Santo André, que roubou nossa vaga no G4. Para o jogo contra o Mogi Mirim não poderemos contar com Roberto Brum, Rodrigo Souto e Madson, e os três pontos serão fundamentais para continuarmos na luta por essa vaga nas semifinais.

SANTOS F.C. - Ninguém enalteceu mais o Brasil no Mundo.