terça-feira, 27 de abril de 2010

Coluna do Inter

Ressaca pós-Grenal - sem foto e nem alegria.

Como boa colorada que sou, enclausurei-me nos meus pensamentos nos dias que se seguiram à tragédia. Epopéia que se repete umas quatro vezes, no mínimo, todo ano (a não ser quando os co-irmãos resolvem ir para a Segundona e retirar-se antecipadamente do Campeonato Gaúcho), nunca deixa de ser completamente tenso para ambas as partes, independente do momento em que as equipes se encontram.
E essa epopéia foi simplesmente terrível. Falarei brevemente para depois focar na Libertadores - seguindo a tendência da direção colorada. Sem falar nos problemas eles não existem, correto? (he-he)

Um primeiro tempo torturante. Duas equipes ridiculamente falhas. O Inter até que esboçou uma reação nos ultimos minutos, mas nada de muito efetivo. Jogadores vão para o intervalo tendo um imenso 0x0 para pensar, aquele placar vazio mas com muita coisa pra se falar. De ruim.
Aparentemente só os gremistas pensaram. Em meio a toda aquela gritaria alvirrubra que ecoava no estádio, refletiram sobre a primeira etapa e conseguiram voltar com uma perspectiva diferente para o segundo tempo. Já o colorado não foi capaz disso. Voltou abalado, retrancado, desatento. Parecia um time acuado no campo do adversário. Era um time acuado. Não foi surpresa alguma sofrer um gol. E depois outro.

Com isso o Grêmio construiu um resultado formidável para levar até o Olímpico domingo que vem. Coloca as duas mãos, os cotovelos e os pés na taça do Campeonato Gaúcho 2010. Só um milagre pode modificar esse destino.

E no quesito milagre, só digo uma coisa: se houvesse um vale-milagre, com certeza usaríamos na noite de amanhã, em Buenos Aires. Porque ao que tudo indica, o clima não será dos mais fáceis para essa partida. O Banfield está muito bem no Campeonato Argentino e com certeza fará de sua casa um caldeirão para os adversários, como é costume aos times argentinos é mais um estádio que sufoca de tão próximo que o gramado é das arquibancadas.
E depois de desperdiçar o GreNal em casa e decepcionar a torcida, um jogo complicado como esse é um obstáculo tenso para o Inter. Para voltarmos com um resultado que alegre torcida, direção e imprensa, será que somente com um milagre?

O técnico Fossati deu a entender na tarde de hoje, que provavelmente não utilizará Alecsandro, pelo menos não para começar o jogo. Com isso seria um 3-6-1, meio estranho, só com Walter na frente. Ainda havia boatos de que D'Alessandro também não jogaria, então ficaria Giuliano e Andrezinho no meio, nenhum dos dois é muito adiantado, o que resultaria num ataque BEM mais ou menos.
Entretanto na noite desta terça-feira, já foram divulgadas declarações do meia argentino, dizendo que joga, sim senhor. Então o time fica mais plausível. Ainda assim, eu não abriria mão de dois atacantes, mas nem eu e nem você, caro leitor, somos treinadores do Inter, então, beijos.

Recolho-me a minha insignificância de torcedora, que está aos poucos aceitando conviver com a derrota de domingo e a iminência do próximo GreNal assombrando a semana que passa. Tenhamos fé no colorado de amanhã. É Libertadores. Deixemos o Gauchão de lado. Lembremos da quinta-feira passada e da classificação merecida e folgada. Podemos.

Vamos que vamos.

Saudações coloradas!

Por,

Raquel Saliba


Um comentário:

hgirardi disse...

Pois é, isso que preocupa! O time já passou para a torcida que precisa ter medo.. entramos no grenal com medo, e logo logo entraremos contra os argentinos com medo de perder! Isso é coisa de gremista.