Coluna do Santos F.C.
Com show dos Meninos da Vila, Peixe goleia: 4x0
Santos estreia com goleada no Pacaembu: Paulo Henrique e Neymar comandam a festa
O novo Santos deu um passo importante para conquistar o torcedor em 2010. Na noite deste domingo, com uma bela atuação da dupla Paulo Henrique e Neymar - dois gols cada - o Alvinegro estreou no Paulistão cravando 4 a 0 no Rio Branco de Americana.
Quem esperava um início de jogo morno, típico de começo de temporada e de um time em formação, errou a previsão. Alguns certamente ainda se ajeitavam nas arquibancadas do Pacaembu quando Paulo Henrique, aos dois minutos, recebeu um passe de George Lucas na intermediária e acertou uma bomba de pé esquerdo, vencendo pela primeira vez o goleiro Cristiano.
O gol precoce desmontou o esquema defensivo preparado pelo técnico Ademir Fonseca e deu tranquilidade ao alvinegro praiano. Escalado por Dorival Júnior sem invenções – um 4-4-2 com dois volantes, Wesley um pouco mais adiantado e Paulo Henrique livre para municiar André e Neymar –, o time envolveu com facilidade seu adversário.
Tímido no ataque, o “mandante” Rio Branco não esboçou reação capaz de ameaçar a meta de Felipe. Com isso, a dupla de zagueiros estreantes, Bruno Rodrigo e Bruno Aguiar, pouco trabalhou. Nas raras vezes em que foram acionados, porém, marcaram firme, sem titubear. Aguiar ainda se aventurou no ataque e levou perigo à meta interiorana, explorando o jogo aéreo.
Do outro lado, a zaga do Rio Branco continuava atrapalhada. Tanto que não tardou em levar mais um golpe. Aos 19, Wesley esticou para André, que tocou de primeira e achou Paulo Henrique na direita. O jovem centroavante correu prá receber de volta na entrada da área, mas Neymar chegou antes e completou o açucarado passe do Ganso: outra bomba, indefensável: 2 a 0.
Com o jogo praticamente resolvido diante de um adversário frágil, os santistas puderam notar já no primeiro tempo algumas novidades: a beleza do novo uniforme, a tarja de capitão no braço de Roberto Brum (sem dúvida, um capitão mais participativo do que Rodrigo Souto, por exemplo) e as comemorações sem camisas levantadas, como manda a cartilha.
Segundo tempo
A etapa final começou morna e assim ficou nos primeiros dez minutos. Aos onze, porém, o zagueiro Kleber acertou André e foi expulso. Foi a deixa para Dorival Júnior promover o grande reencontro.
Giovanni, o Messias, 37 anos, deu o famoso pique, tirou o colete e se colocou na lateral do campo. A torcida foi ao delírio no Pacaembu. O Pacaembu que o transformou em ídolo, aliás.
E se a primeira impressão do retorno é a que fica, parece que a diretoria acertou em apostar na volta do ídolo.
Eram 20 minutos quando Giovanni recebeu a bola dentro da área. Com dois toques na bola se livrou dos marcadores e deu um passe pro meio, com a sutileza que só os craques tem. E lá veio Paulo Henrique para dominar e estufar as redes novamente. 3 a 0.
Visivelmente emocionado, Giovanni foi abraçado pelos garotos. Sem dúvida, viu-se ali um momento a ser guardado com carinho pela fanática torcida alvinegra: Giovanni, Neymar e Paulo Henrique juntos. Passado e o futuro se encontrando no presente.
A equipe teve ainda outras duas alterações em relação ao primeiro tempo. Madson substituiu Pará na lateral-esquerda e Breitner entrou no lugar de Roberto Brum. Com boa movimentação, os dois se apresentaram pro jogo e aumentaram o ritmo, contudo, sem muito sucesso na conclusão das jogadas.
Quando tudo caminhava para o clássico 3 a 0, já nos acréscimos, Neymar pedalou pra cima de seu marcador e viu Giovanni entrar livre no segundo pau. O cruzamento não foi lá essas coisas. Mas sua estrela fez a diferença. Um efeito contrário fez a bola parar no ângulo esquerdo da meta adversária. 4 a 0, fechando a conta.
Fim de papo. A caminho do vestiário, os jogadores agradeceram às arquibancadas, com a certeza da primeira missão cumprida. Na quarta-feira, contra a Ponte Preta na Vila, tem mais.
Ficha Técnica
O Rio Branco atuou com Cristiano, Tamandaré, Vinícius, Kleber e Márcio Goiano (Marim); Everton, Márcio Carioca, Flávio e Felipe (Alex Mineiro); Anselmo e Romarinho (Ricardinho).
Técnico: Ademir Fonseca.
O Santos jogou com: Felipe, George Lucas, Bruno Rodrigo, Bruno Aguiar e Pará (Madson); Rodrigo Macha, Roberto Brum (Breitner), Wesley e Paulo Henrique; Neymar e André (Giovanni). Técnico: Dorival Júnior.
GOLS: Paulo Henrique (aos 2 do 1º e aos 20 do 2º tempo) e Neymar (20 do 1º e 45 do 2º tempo)
Cartões Amarelos: Vinícius, Everton (Rio Branco) e Paulo Henrique (Santos)
Cartão Vermelho: Kleber (Rio Branco)
Árbitro: Marcos Rogério
Auxiliares: David Botelho Barbosa e Vicente Romano
Renda: R$ 329.350,00
Público : 12.153.
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