quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Coluna do Inter

Internacional X Cruzeiro


Me considero uma torcedora exigente. Com aquele sentimento incondicional, óbvio, mas sempre procuro analisar o time além do fanatismo, pra tentar encontrar alguma racionalidade nessa loucura passional que é o futebol. É uma façanha difícil, que exige bastante razão em cima do sentimento, e esse jogo contra o Cruzeiro - frizo, em casa - foi mais um exemplo de superação pra mim nesse sentido.

O Inter começou o jogo mandando bem, provando para a torcida que tinha capacidade para correr atrás dessa liderança sim e além do mais, a sensação de que aquela era a tarde que o Palmeiras tremeria, reforçava a sensação de liderança na torcida colorada presente no estádio - em grande número! 38 mil.
Marcamos o primeiro gol, de pênalti, com Alecsandro. O Beira Rio rugiu. O Palmeiras levou um gol. Tudo conspirava a nosso favor. Veio então o pênalti a favor do Cruzeiro, que empata o jogo, aos 43 minutos. Eu sempre penso que sofrer um gol no finalzinho do primeiro tempo é lucro, que daí não dá tempo do time se desestruturar em campo e perder o controle - coisa que o Inter SEMPRE faz. Então continuei tranquila e enxergando bons horizontes no segundo tempo.

Mas no segundo tempo o Inter continuou relapso, deixando espaços absurdos nas laterais, facilitando a movimentação e infiltração cruzeirense na área colorada. O nosso ataque não estava funcionando, aliás, não funcionou direito em nenhum momento do jogo, pedíamos Edu, Marquinhos, achando que essas modificações talvez dessem mais agressividade ao nosso time.
A coisa estava ficando feia, a pressão do adversário crescia e os nossos erros acompanhavam. Não foi grande surpresa quando o Cruzeiro virou o jogo, ainda no início.
Tite, ainda relutando em mudar o ataque, saca Sandro - apagadíssimo - e em seu lugar chama Andrezinho. Foi uma boa substituição, deu mais força para o time, mas ainda assim faltava poder de finalização, Edu entrou então, no lugar de Taison.

Mas o time colorado continuava encontrando dificuldades em criar oportunidades, e ela só veio na bola parada, cobrança de falta de Andrezinho. Tudo igual no Gigante. 2x2
Mas a alegria durou pouco, e olha, muito pouco. O Cruzeiro, em contra ataque fulminante, fica na frente de novo. O Inter tentou pressionar até o final do jogo, mas não consegui alterar o placar.
Nisso o jogo do Palmeiras passa por vários momentos, o Palmeiras empata, o Vitória dispara na frente com mais dois gols e o Palmeiras só diminui antes do final da partida.
Ou seja, ERA o momento de passar deles, ERA o momento de levar esses três pontos.

Eu poderia me iludir, escrevendo que o time tentou, correu atrás e que simplesmente não conseguiu a competência exigida para levar os 3 pontos e bola pra frente próxima rodada vem aí. Mas não, bateu aquele momento racional, e eu notei a falta de empenho do nosso time, a falta de garra e de vontade que demonstramos em outras partidas, como a derrota para o Palmeiras algumas rodadas atrás. Nessa tarde de domingo eu não vi isso, não capturei momentos de superação em cima de um forte adversário, como era o de se esperar.

Decepcionei, porque sei do elenco que temos e sei que isso é possível. Poderíamos ter vencido essa partida e poderíamos estar na liderança. E o mais importante, poderíamos ter mantido a diferença de 3 pontos do São Paulo, na minha opinião maior perigo.

Não sei o que vai acontecer agora, não se se teremos competência o suficiente para não tropeçar mais e continuar com nossos objetivos cada vez mais firmes. Nunca deixarei de apoiar e espero que o resto da torcida esteja comigo, mas tenho a consciência de que, mais um lapso desses e o título vai nos escapar entre os dedos.

Ainda dá? DÁ. Então VAMOS, PRA CIMA DELES MEU INTER.

Saudações coloradas.


Por
Raquel Saliba

Um comentário:

lituano disse...

Jogo díficil esse contra o Cruzeiro ainda mais o time mineiro com vários desfalques e uma posição na tabela que não é habitual dessa grande equipe nos últimos anos, mas também achei que o Inter meio que se entregou e não buscou forças, garra para superação, talvez seja um mal momento mas em casa no próximo jogo espero que a torcida mais uma vez vá em grande número e assim busque a vitória contra o Flamengo pois toda gordurinha já foi para o saco. Nesse jogo que virá não dúvido que armação do time mude e fique no 3-5-2 ou que ele tire um homem de criação e coloque um volante mordedor como são os casos de Glaydson ou Maycon, bem veremos as cenas dos próximos capítulos, sem perder a sagacidade do título e nem tremer na adversidade pois time campeão é aquele que consegue virar o jogo quando ele está contrário.