sexta-feira, 5 de junho de 2009

Coluna do Santos F.C.

Por: Gerson Pepe

Peixe vacila por 3 vezes e cede o empate ao Ramalhão

O frio de quase 10ºC do ABC paulista não foi o suficiente para esfriar o clima do confronto entre Santo André e Santos. Em uma partida emocionante, os dois times empataram, por 3 a 3, na noite desta quinta-feira, no Estádio Bruno José Daniel, em Santo André, na abertura da quinta rodada do Campeonato Brasileiro. Os jogos foram antecipados por conta da rodada das Eliminatória da Copa do Mundo no fim de semana.
Com este resultado, o Peixe perdeu uma grande oportunidade de encostar no líder Internacional. O time alvinegro, que vinha de duas vitórias consecutivas e continua invicto, ocupa a terceira colocação, com nove pontos. Já o Ramalhão segue com sua sina de empates. O time acumulou seu terceiro empate em cinco jogos e ocupa a nona posição, com seis pontos.
O Alvinegro chegou a ficar a frente do marcador em três oportunidades, mas a equipe andreense mostrou poder de reação para empatar por tr~es vezes. Pelo lado santista, o destaque foi Kléber Pereira que marcou um e assumiu a artilharia ao lado de Felipe (Goiás) e Marcelinho Paraíba (Coritiba), todos com quatro gols. Já Nunes fez dois pelos donos da casa, chegou a três na competição e ainda acabou expulso.
Haja coração!
Nem mesmo a baixa temperatura do ABC paulista alcalmou os ânimos das duas equipes. Dispostos a jogar no ataque, os dois times fizeram um grande primeiro tempo. O Santos conseguiu abrir o placar logo aos sete minutos em uma bobeada da defesa do Santo André. O atacante Kléber Pereira recebeu belo passe de Rodrigo Souto, na área, e ainda encontrou espaço para driblar o goleiro Neneca para marcar.

O Peixe continuou no ataque em busca do segundo gol, mas acabou surpreendido 14 minutos. O meia Élvis alçou bola na área e o zagueiro Marcel subiu livre para cabecear. O goleiro Fábio Costa fez uma defesa incrível, mas para seu azar o rebote caiu nos pés do atacante Nunes, que estava sozinho para apenas empurrar.

Depois do empate, o jogo continuou a pegar fogo. O Alvinegro tinha mais posse de bola, mas o Ramalhão era perigoso nos contragolpes. Quem aproveitou a próxima grande oportunidade, no entanto, foram os visitantes. Aos 24, Kléber Pereira saiu da área e fez o cruzamento. Após um bate-rebate na área, a bola sobrou para o meia Madson, que pegou de primeira para fazer 2 a 1.

Atrás no marcador, o clube andreense foi obrigado a sair mais para o ataque e o jogou ficou ainda mais movimentado. Nem mesmo a contusão no joelho de Gustavo Nery, que saiu de campo após choque com Fábio Costa afetou os mandantes. Prova disso é que aos 46, os donos da casa voltaram a empatar. Arthur, que substituiu Gustavo Nery, alçou na área e encontrou Nunes livre para marcar de cabeça.

Até spray de pimenta
Na volta do intervalo, os jogadores do Santos voltaram reclamando de um possível vazamento de gás de pimenta nos vestiários dos visitantes. E de fato aconteceu. Mas um dos comandantes da Polícia Militar confirmou logo depois que um spray de pimenta portado por um dos policiais estava danificado e vazou próximo ao vestiário santista.

Demorou, mas engrenou!
Desfeita a polêmica, a segunda etapa começou mais mornar do que a primeira. A calmaria, contudo, durou apenas 18 minutos, até a entrada de Neymar no lugar de Molina. Logo em sua primeira participação, ele acabou derrubado próximo a área. Aos 20, o zagueiro Fabão soltou o pé na cobrança da falta e acertou o ângulo direito de Neneca.

O gol voltou a reacender o confronto, principalmente porque o Santo André voltou a ficar obrigado a buscar mais o ataque. Mesmo com a expulsão do atacante Nunes, aos 23, por reclamação o Ramalhão não esmoereceu e chegou ao empate aos 27 minutos. Luizinho derrubou Arthur na área e o árbitro deu pênalti. Na cobrança, Évis esbanjou categoria e deslocou Fábio Costa.

Nos minutos finais, o ritmo do jogo diminuiu um pouco. As duas equipes pareciam satisfeitas com o resultado e não estavam dispostas a se arriscarem. Os dois times alternaram a posse de bola, mas criar muitas chances claras de gol. Exceto aos 46, quando Kléber Pereira carimbou a trave e "quase matou" meio estádio do coração.

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