Coluna do Santos FC

Por: @gersonpepe

Santástico vence Táchira por 3x1 em Pacaembu lotado, e está nas oitavas da Copa Santander Libertadores 2011

O Santos “gabaritou” o returno do Grupo 5 da Libertadores. Após um começo preocupante, com apenas 2 pontos nos três jogos de ida, o Peixe conquistou os últimos nove que disputou e garantiu sua vaga nas oitavas de final do torneio sulamericano.

A reação foi consolidada na noite desta quarta (20), com a vitória diante do Deportivo Táchira, da Venezuela, por 3 a 1, num Pacaembu tomado por 37 mil santistas.

O meia Danilo, que já havia sido fundamental na vitória da semana passada, diante do Cerro, voltou a ter grande atuação. Fez um gol e participou dos outros dois, mostrando que, aos poucos, vai se tornando peça-chave no esquema do técnico Muricy Ramalho. Léo e Arouca também foram bem.

Na outra partida da chave, o Cerro Porteño derrotou o Colo-Colo e acabou ficando com a 1ª colocação do grupo, com os mesmos 11 pontos do Santos, mas ficando à frente no saldo de gols.

Assim, o adversário do alvinegro nas oitavas-de-final será o América do México – a primeira partida na Vila Belmiro e a segunda, no Estádio Azteca, na Cidade do México.

O jogo Logo que a bola rolou, parecia que o Santos teria facilidade para construir um placar elástico. Mal posicionada, a defesa venezuela dava espaços para o Peixe, que logo passou a ameaçar a meta do goleiro Sunhouse.

Na primeira chance, Léo avançou pela esquerda e rolou para Danilo, que bateu rasteiro, para a defesa do camisa 1 venezuelano.

Em seguida, aos 4 minutos, saiu o primeiro gol. Novamente pelo mesmo setor, Léo iniciou a jogada e rolou para Danilo. Desta vez, porém, o meia sequer tocou na bola. Com categoria, deixou ela passar prá Neymar, que avançou e bateu firme para abrir o placar. E incendiar o Pacaembu.

O Táchira tentou sair pro jogo. E até levou perigo, num chute de Herrera espalmado por Rafael. Mas a superioridade técnica do Peixe era evidente e não tardou a se traduzir novamente em gol.

Foi mais uma bela jogada. Ganso ajeitou com o peito para Danilo, que livrou-se do seu marcador e achou Jonathan aberto pela direita. O lateral santista ajeitou e mandou uma bomba pro fundo das redes. 2 a 0, em apenas 15 minutos de partida.

Com a vantagem, o Santos logo demonstrou que pretendia, antes de tudo, administrar o resultado – e não partir em busca de uma goleada. O motivo: poupar forças para o outro confronto decisivo da semana, sábado, pelas quartas-de-final do Paulistão, diante da Ponte Preta.

Assim, valorizando mais a bola, a equipe do técnico Muricy Ramalho foi pouco ameaçada. E ainda teve a chance de ampliar, quando Neymar quase acertou uma bicicleta na entrada da pequena área, após cruzamento de Ganso. 2º Tempo Sem alterações, o Santos voltou da mesma forma no 2º tempo. Já o Táchira resolveu assumir de vez a postura de “franco atirador”.

Já eliminada, a equipe venezuelana se arriscou mais ao ataque. Quase descontou numa cabeça de Moreno, defendida por Rafael, aos 17. Já aos 24, teve melhor sorte. Chacón bateu bem falta na entrada da área e fez. Santos 2 a 1.

O gol fez com que o Santos rapidamente voltasse pro jogo. A esta altura, Cerro e Colo-Colo empatavam por 2 a 2 e mais um gol do Táchira poderia decretar a eliminação alvinegra.

Neymar, então, resolveu a parada. Três minutos depois do gol adversário, saiu fazendo fila pela esquerda. Driblou um trio de marcadores e entrou na área, rolando com categoria para Zé Eduardo, que conseguiu o mais difícil: errou o chute, dentro da pequena área.

Sorte que Danilo estava num dia bom. O meia ficou com o rebote e arrematou para marcar o terceiro, selando a classificação.

Disposto a dar um pouco de descanso a alguns titulares, depois do terceiro gol Muricy promoveu as entradas de Maikon Leite, Adriano e Pará nos lugares de Zé Eduardo, Elano e Ganso.

Depois, foi só comemorar. Em campo e nas arquibancadas. Para quem estava ‘virtualmente’ eliminado há uma semana, nada mais justo.

Coluna do Santos FC

Por: Gerson Pepe

Mesmo com time recheado de reservas, o Santos venceu fácil o Paulista na Vila Belmiro

Quem demorou um pouco mais para entrar na Vila Belmiro ou ligar a TV neste domingo (17), se arrependeu. Mesmo com um time formado basicamente por reservas, o Santos teve um início arrasador diante do Paulista, marcando dois gols em menos de dois minutos – e abriu caminho para uma vitória tranquila, por 3 a 0.

Mesmo vencendo por boa margem, a equipe acabou terminando a fase de classificação em 4º lugar, já que o Corinthians também venceu (2 a 0 no Santo André) e manteve a 3ª colocação pelo saldo de gols. As duas equipes atingiaram os 38 pontos.

A Ponte Preta será o adversário dos Santos nas quartas-de-final. A equipe de Campinas ficou em 5º lugar e virá à Vila Belmiro no próximo fim de semana para disputar a vaga nas semis, em partida única. Pelo regulamento deste ano, a única vantagem da equipe melhor colocada é o mando de jogo. Assim, se houver empate, a decisão fica para os pênaltis.

O jogo O técnico Muricy Ramalho escalou uma equipe bastante modificada para enfrentar os jundiaienses, que ainda tinham esperanças em conquistar uma vaga no G8: Vladimir, Pará, Bruno Aguiar, Vinícius e Alex Sandro; Adriano, Danilo, Robson e Alan Patrick; Keirrison e Maikon Leite.

Mas quem viu o início do jogo poderia pensar que o Santos é que ainda não estava assegurado na fase final. Foi um começo de tirar o fôlego. No primeiro ataque, Alan Patrick deu belo passe para Maikon Leite, que fechou na diagonal e bateu cruzado. Keirrison, praticamente em cima da linha, abriu o placar.

A torcida ainda comentava o gol relâmpago quando, no lance seguinte, em mais uma bela troca de passes, Maikon Leite invadiu pela direita, driblou seu marcador e cruzou pra trás. Alan Patrick bateu de primeira, sem chances para Cristiano. Dois a zero, em menos de dois minutos.

O prejuízo foi grande demais para o Galo. A equipe não se achava em campo e livrou-se de deixar o gramado com uma desvantagem ainda maior no 1º tempo. Maikon Leite teve ao menos mais duas chances claras, mas não aproveitou. Do outro lado, o goleiro santista Vladimir só teve trabalho numa cobrança de falta de baiano. E fez bela defesa.

2º tempo A etapa final começou um pouco mais cadenciada, principalmente por parte do Santos. Com a vantagem, Muricy aproveitou para fazer alguns testes: primeiro, Robson, que teve atuação apagada, deu lugar a Moisés.

A partir dos 20 minutos, o Paulista passou a exigir mais da defesa santista, que, em contrapartida, correspondeu bem.

Vinícius foi o destaque, com uma atuação bastante segura. Bruno Aguiar também não desperdiçou a chance e ganhou a maioria das divididas com os atacantes tricolores, principalmente no jogo aéreo. E Adriano manteve a regularidade, em mais uma tarde de muitos desarmes.

Aliás, foi ele quem começou a jogada do terceiro gol. Depois de se atirar na bola e impedir um chute do adversário, o volante lançou Maikon Leite, novamente pela direita. O atacante deixou para trás seus marcadores e bateu da entrada da área, rasteiro, para dar números finais ao placar: 3 a 0.

Dois jovens valores da base ainda tiveram tempo de correr alguns minutos. Dimba substituiu Alan Patrick e o lateral-esquerdo Emerson, recém-chegado da Seleção Sub-17, substituiu Keirrison.

Coluna do Santos FC

Por: Gerson Pepe

Santos vence Cerro Porteño no Paraguai, e briga por vaga em casa

“Tivemos que vir jogar aqui, no dia do aniversário do clube, precisando ganhar. Mas taí. Não vai ser hoje que muita gente em Santos e em São Paulo vai comemorar nossa saída“.

Foi assim que Léo, o jogador mais experiente do elenco e que por tantas vezes materializou a garra santista, resumiu a vitória do Santos na noite desta quinta-feira, 14 de abril de 2011, em Assunção, no Paraguai, diante do Cerro Porteño.

Depois, respirou fez a convocação para quarta-feira que vem: “Tenho certeza que o Pacaembu estará lotado”.

Em mais uma página marcante de sua história, o alvinegro da Vila superou as condições adversas e uma infinidade de boatos que tem surgido com frequencia às vésperas de jogos decisivos, para comemorou seu aniversário do jeito que está mais acostumado: vencendo.

O placar de 2 a 1 sequer traduz a superioridade do Peixe em campo – e muito menos a autoridade como foi conseguido.

Se não teve Elano, Neymar e Zé Eduardo, todos suspensos, o time bem armado por Muricy Ramalho pôde contar com os retornos de Jonathan e Arouca, que cumpriram bem seus papéis – e com Diogo, que tomou uma pancada nas costas e teve que sair aos 30 do 1º tempo, sendo substituído por Maikon Leite.

O jogo

A partida começou morna, sem nenhuma das equipes tomar a iniciativa. Aos 8, o Cerro teve a primeira chance, com Fabbro, em cobrança de falta. Mas o goleiro Rafael se esticou e conseguiu espalmar para escanteio.

Não tardou para o caminho da vitória santista ser aberto. Aos 11 minutos, recebeu uma bola na intermediária, deu um lindo drible em seu marcador e acertou um petardo de fora da área, sem chances para Barreto. 1 a 0 Santos.

A partir daí, o jogo mudou. Pressionado pela sua torcida, o Cerro tentou exercer uma pressão, mas errava muitos passes e era facilmente desarmado pela defesa santista. À frente da zaga, Adriano ganhou a maioria das divididas.

A esta altura, Paulo Hernique Ganso já dava as cartas no meio campo. Bons passes e alguns lances de efeito já cadenciavam a partida da maneira que o Santos precisava. E quando Diogo, machucado, deu lugar a Maikon Leite, a jogada de contra-ataque passou a se desenhar como a melhor opção.

Dito e feito. Maikon Leite teve chance clara aos 37, exatamente assim. Passe de Keirrison e o camisa 17 chegou até a driblar o goleiro Barreto, mas acabou finalizando em cima do zagueiro Pires, que tirou dentro da pequena área. Assim, o 1º tempo ficou no 1 a 0.

Segundo tempo O técnico argentino Leonardo Astrada voltou com duas alterações no intervalo. Nuñez e Luccero tornaram o time mais ofensivo – e vulnerável.

Logo Maikon Leite teve uma segunda chance, de novo no contra-ataque. Mas, desta vez, não perdoou. Passe de Ganso e o atacante entrou pela direita. Ganhou na corrida do zagueiro e bateu. A bola desviou no goleiro, mas não perdeu o rumo das redes. 2 a 0.

O gol desmotivou de vez os paraguaios, que sentiram o golpe. Nem mesmo a entrada do promissor Iturbe, aos 19, acendeu a equipe. Errando muito e com a torcida totalmente impaciente, o Cerro via o Santos ganhar tempo trocando passes e valorizando faltas, no melhor estilo “Libertadores”.

Alex Sandro substituiu Keirrison aos 26 e passou a jogar do lado esquerdo. O Santos chegava fácil. Maikon Leite deu dois chutes perigosos e Ganso tentou marcar por cobertura, mas parou em Barreto. Pará, que substituiu Arouca, também quase fez um golaço.

Já nos descontos, aos 48, Benitez descontou. Mas era tarde demais. A vitória do Santos já estava sacramentada.

No dia em que completou 99 anos, o Santos mostrou que está mais vivo do que nunca na Libertadores. E quarta-feira (20), diante do Táchira no Pacaembu, depende de vitória simples para se classificar.

Um cenário bem promissor para um time que, na opinião de muitos, daria adeus ao sulamericano na noite de seu aniversário.

Coluna do Santos FC

Por: Gerson Pepe

Na estreia de Muricy, Peixe visita o Ame

ricana, e não sai do 0 a 0

No jogo de estreia do novo treinador santista, Muricy Ramalho, o Peixe teve algumas dificuldades na noite deste domingo, diante do Americana. Embaixo de muita chuva e com o gramado em péssimo estado, o time misto do Santos ficou no 0 a 0 e continua na 4ª colocação do Campeonato Paulista, agora com 35 pontos.

Com o campo parcialmente ruim, o meio de campo santista criou pouco no primeiro tempo. Com muitas dificuldades na saída de bola, o Santos demorou para passar do meio de campo e levar

perigo ao gol do Americana. Com forte marcação em cima de Neymar, ele teve sua atuação prejudicada.

Quem teve a primeira chance de perigo no jogo foi Lúcio Flávio, que arrancou pela direita e arriscou um chute cruzado sem perigo no gol de Aranha, que viu a bola passar por cima do travessão.

Após várias tentativas de passe, o Santos conseguiu passar do meio de campo aos 10 minutos e levou perigo. Em jogada que começou com o passe de Neymar para Elano, o meia

tocou rápido para Zé Eduardo que foi desarmado.

Com a troca de passes mais eficiente o Santos melhorou e criou a

lgumas jogadas ofensivas. Primeiro em cobrança de falta feita por Elano, que o goleiro Jailson segurou sem problemas. Em seguida, Danilo tocou para Zé Eduardo girar e chutar fraco no gol.

Com o Americana bem no jogo quem teve muito trabalho foi o goleiro Aranha que fez defesas importantes. Algumas delas em cobranças de falta. como aos 26 minutos com Fumagalli.

Pelo lado do Santos o primeiro lance de perigo veio aos 37 minutos com Maikon Leite pela direita. O atacante recebeu em velocidade dentro da área e chutou cruzado, mas a bola não entrou.

Já nos acréscimos, Elano teve boa chance em cobrança de falta de fora da área. A bola foi rasteira no canto esquerdo de Jailson. O goleiro se esticou e mandou a bola pela linha de fundo.

SEGUNDO TEMPO

Com postura diferente o Santos começou o segundo tempo mais ofensivo, mas mesmo assim o Americana continuou assustando nos contra-ataques e teve um lance de impedimento duvidoso no final do jogo.

A entrada de Ganso melhorou o toque de bola e junto com Elano e N

eymar levaram o terceiro cartão amarelo para entrarem zerados na fase do mata-mata do Paulistão. Os três não enfrentam o Paulista no próximo domingo.

Mesmo com a melhora na segunda etapa do jogo a defesa santistas quase comprometeu o jogo. Bruno Aguiar bobiou e Leo Silva entrou na área e tocou para Lúcio Flávio, sozinho na direita. O atacante chutou cruzado para fora.

Mesmo ainda sofrendo forte marcação Neymar fez boa jogada pela esquerda e cruzou para a área, mas a zaga do Águia jogou para escanteio. Em resposta, aos 14 minutos, Marcinho arriscou chute de longe no travessão.

E mais uma vez, Neymar veio buscar a bola no meio do campo e pela esquerda cruzou a bola para Alan patrick desviar, Jaílson espalmou e a zaga completou jogando pra escanteio. Possebon também tentou em chute de longe, mas Jailson fez boa defesa.

Após as alterções e alguns cartões amarelos o Americana teve um gol anulado pelo bandeirinha. Fumagalli entrou na área e passou para Marcinho tocar na saída de Aranha, mas o gol foi anulado.

Pelos Paulistão o Santos volta à campo no próximo domingo, às 16horas, diante do Paulista, na Vila Belmiro. Agora pela Libertadores o próximo adversário é o Cerro Portenõ, nesta quinta-feira, às 20h30.

Santos: Aranha; Pará, Bruno Aguiar, Vinícius e Alex Sandro; Rodrigo Possebon, Danilo e Elano; Maikon Leite (Alan Patrick), Zé Eduardo e Neymar

Americana: Jailson, Carlinhos (Luiz Felipe Nascimento), Jorge Luiz, Vinícius e Magal. Gercimar (Jhon), Leo Silva, Juninho (Rafael Chorão) e Fumagalli. Marcinho e Lúcio Flávio

Cartões amarelos: Léo Silva, Juninho e Fumagalli (Americana); Rodrigo Possebon, Paulo Henrique Ganso, Neymar, Elano, Vinícius e Zé Eduardo (Santos)

Coluna do Santos FC

Por: Gerson Pepe

Santos vence o Colo-Colo por 3 a 2 e segue firme na briga por vaga na 2ª fase da Libertadores

Em uma partida cheia de reviravoltas, polêmicas e golaços, o Santos cumpriu sua missão, com requintes de dramaticidade. Venceu o Colo-Colo por 3 a 2 e segue dependendo de suas próprias forças para se classificar à 2ª fase da Libertadores da América.

O técnico Muricy Ramalho, que será apresentado hoje no CT Rei Pelé, acompanhou a partida ao lado

do presidente Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro. E vibrou muito a cada gol, mostrando que já vestiu a camisa alvinegra mesmo antes de assumir o cargo oficialmente.

Com a vitória, a equipe chega a 5 pontos e fica a 1 ponto do Colo-Colo, o 2º colocado do grupo. Na liderança está o Cerro Portenho, com 8 – adversário do Peixe na próxima quinta-feira (14), em Assunção, no Paraguai.

O jogo teve três momentos distintos. Até o 30 minutos do 1º tempo, o Santos não conseguia impor seu ritmo. A equipe chilena se defendia bem e ainda arriscava-se no ataque, aproveitando para

catimbar em todas as situações possíveis. Com menos de 10 minutos, o goleiro Castillo já forjava uma contusão em cobrança de falta.

Mas foi justamente numa cobrança de falta que a situação começou a mudar. Elano acertou um belo chute da meia direita e abriu o placar, para delírio da torcida, que man

teve a temperatura do jogo alta até então, empurrando o time incessantemente.

O gol desconcertou os chilenos. Logo em seguida, Zé Eduardo deu bom passe para Danilo, que entrou na área, driblou o goleiro e tocou para as redes. A bola ainda desviou na zaga, mas não teve jeito. 2 a 0. Com a vantagem, o Santos passou a tocar a bola e administrou a vantagem até o intervalo.

Na volta para o 2º tempo, foi a vez de Neymar se tornar o centro das atenções e mudar de vez a história do jogo. Logo aos seis minutos, fez o chamado gol de placa. Na entrada da área, venceu a

disputa de bola, passou como quis por dois zagueiros e chapelou Cabrera.

O estádio já estava todo de pé quando Castillo, atônito, saiu para tentar evitar o golaço. Mas Neymar, com um toque sutil por cima do goleiro, finalizou sua obra de arte 3 a 0.

Quando tudo parecia decidido e a torcida ainda vibrava, entrou em cena o árbitro uruguaio Roberto Silveira. Conivente com a pancadaria chilena, mas rigoroso com todas as faltas santistas, ele já havia advertido Neymar com um cartão amarelo no 1º tempo. E quando viu o camisa 11 comemorar o gol

usando uma máscara, não titubeou: outro amarelo. E expulsão.

A regra prevê a punição, mas, lamentavelmente, o mesmo critério não foi aplicado pelo árbitro nos lances seguintes. Motivado por ter um jogador a mais, o Colo-Colo partiu pra pressão. O jogo se tornou tenso.

Em lance isolado, Scotti acertou um tapa em Zé Eduardo, que foi tirar satisfação. Os dois foram expulsos. Com 9 jogadores, o Santos trocou Ganso por Alex Sandro e Pará por Bruno Aguiar. E conseguiu suportar por quase 20 minutos a pressão chilena. Depois, Marcelo Martelotte ainda trocou Elano por Maikon Leite, para tentar surpreender no contra-ataque.

Mas o Colo-Colo insistiu e, para acentuar o drama na partida, conseguiu diminuir por duas vezes, aos 36 e a0s 41, com Jerez e Rúbio – este quando Alex Sandro já estava no chão, sentindo uma pancada no joelho.

Os minutos finais deixaram todos com os nervos à flor da pele. Elano, já no banco, atirou uma toalha contra o banco dos chilenos e foi expulso também, ainda que o quarto árbitro – o brasileiro Paulo César Oliveira – tenha visto outras confusões ao longo da partida, mas até então, havia preferido se omitir.

Apesar de todos os sobressaltos, o Santos, felizmente, conseguia se segurar. Jorquera ainda foi expulso, após discutir com o juiz, pouco antes do apito final. Vitória, alívio e preocupação.

Na próxima quinta-feira, a batalha será em Assunção. Mesmo sem Neymar, Elano e Zé Eduardo, o Santos terá que partir para cima e tentar a vitória a todo custo. Para isso, contará mais do que nunca com o talento de Paulo Henrique Ganso, a presença de Muricy no banco e, quem sabe, os retornos de Arouca e Jonathan.

Coluna do Santos FC

Santos perde de novo para o Palmeiras na Vila Belmiro...

O Palmeiras venceu o clássico com o Santos por 1 a 0 neste domingo (3), na Vila Belmiro, pelo Campeonato Paulista. O placar fez o Palmeiras permanecer na liderança do Paulistão.

Com 38 pontos, o Alviverde fica um à frente do São Paulo, que venceu o Mirassol também no domingo. O Peixe tem 34 e está na quarta posição da tabela.

O jogo começou truncado, com o Santos se arriscando mais ao gol. Aos 13, Neymar lançou Elano, que da linha de fundo cruzou, mas Ganso, na cara do gol, cabeceou mal e mandou para fora.

Elano arriscou chute aos 16, mas Deola fez a defesa. O Verdão demorou a achar espaço em campo, sendo fortemente marcado pelos donos da casa. A primeira grande chance veio aos 29, com Kléber.

Zé Eduardo quase abriu o placar aos 33, mas viu Deola fazer a defesa. A partida passou a ficar mais equilibrada e o Verdão se soltou mais em campo. A grande chance alviverde aconteceu com Marcos Assunção, aos 41. De fora da área, ele mandou um chute que foi na trave de Rafael.

Assunção teve outra chance para abrir o placar aos nove do segundo tempo, mas errou a cobrança da falta. O Santos recuou e viu o Verdão chegar com mais força ao ataque e ter mais posse de bola.

Luan, aos 21, recebeu de João Vitor, mas bateu mal na bola. A resposta veio com Neymar, que viu Thiago Heleno evitar o primeiro gol santista. Depois, Durval cabeceou escanteio de Ganso e Deola fez nova defesa.

O Palmeiras manteve a pressão e conseguiu o gol aos 34, com Kléber. O Gladiador recebeu de Patrik e partiu com a bola, tocando cruzado na saída de Rafael para marcar o tento palmeirense.

Na próxima rodada, a penúltima do campeonato, o Palmeiras recebe o Grêmio Prudente. Enquanto isso, o Santos pega fora de casa o Americana.